Organização
Esta documentação foi instalada numa pasta na caixa 57 na BNP N61, incluida no Núcleo "Mário Castelhano". Este espólio foi digitalizado.
Abstract
Esta colecção é composta de um vasto e importante espólio pessoal de Mário Castelhano, consistindo sobretudo em correspondência e textos manuscritos, incluindo o original do livro “Quatro Anos de Deportação”, bem como fotografias, no período de prisões e perseguições por ele sofridas entre 1927 e 1940.
História Administrativa/Biográfica
Mário Castelhano, foi um importante militante anarcossindicalista, último secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), ilegalizada pelo governo da Ditadura Militar em 1927. Empregado na Companhia Portuguesa de Caminhos de Ferro (fator), foi preso em 1927 e deportado para Angola, e posteriormente para os Açores, indo depois para a Madeira onde tomou parte muito ativa na revolta militar de abril de 1931, dirigindo uma edição local do jornal “A Batalha”. Conseguindo fugir para Lisboa, passa à clandestinidade ocupando-se da tipografia da CGT e da organização da greve geral revolucionária de 18 de janeiro de 1934. Preso, julgado e condenado é envoado para Angra do Heroísmo e depois para o campo de concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, onde vem a falecer. Foi casado com Lucinda Duarte (Castelhano), professora primária e também militante libertária. Há biografias publicadas em “A Batalha”, 4, 129, 157, 226, 238, 241 e 242 (entre 1974 e 2010); em “A Ideia”, 1, 1974; em “Voz Anarquista”, 16, 1976; em Alexandre Vieira, “Figuras Gradas…”, 1959; e em Edgar Rodrigues, “A Oposição Libertária em Portugal”, 1982. Author: João Freire, 2012