Por Paulo Guimarães
Título: Fernando de Oliveira Leite Barros (espólio)
ID: C/BFL/CBF
Entidade produtora: Barros, Fernando de Oliveira Leite
Dimensão: 1.0 Caixas
Organização: A documentação em papel foi incluída no núcleo "outros militantes" e instalada numa pasta na caixa 57. Esse espólio foi digitalizado.
Data de incorporação: 00/00/1985
Línguas: Português
Fernando de Barros foi serralheiro e militante anarquista. A documentação reunida consiste em diplomas que lhe foram atribuídos e outros impressos. Inclui também um filme em celulose por si elaborado nos anos '20 do século passado.
Coleção composta por cinco diplomas duas fotogravuras,uma publicação,um fragmento de manifesto, um mapa, um recorte de jornal, um bilhete postal e um filme. Estes documentos foram doados pela sua mulher Margarida Barros ao A.H.S.
"Fernando Oliveira Leite Barros vive nesta data (1980), no Porto. Iniciou-se, há muitos anos no estudo das ideias anarquistas. Serralheiro de profissão, trabalhou no ramo de madeiras e chegou a ser encarregado. Tomou parte activa no movimento anarquista no Porto nos tempos áureos e em 1929 aparece ao lado de Abílio Ribeiro, como editor da revista Aurora, com redacção provisória no Largo da Póvoa, n.° 9, Porto. Mas em Setembro do ano seguinte a P.I.D.E. impede a sua publicação e Fernando Barros é preso a 3 de Outubro e deportado com Aníbal Dantas, Anas-tácio Ramos, Manuel João, José Silva, Domingos Lopes Bibi, todos do Porto, e Mário Castelhano e outros, de Lisboa. São levados pelo vapor Lima para os Açores e é-lhe fixada residência na Ilha do Pico bem como aos seus companheiros, num total de 14. Ali são mantidos até Março de 1931, sendo então transferidos para a Ilha da Madeira no vapor "Guiné", na intenção de serem levados para Cabo Verde. Mas rebenta a revolta da Maderra, e Fernando Barros e Anastácio Ramos tomam um vapor, obrigam-no a rumar pata Portugal em busca de ajuda, mas como a revolta fracassa, os fugitivos atravessam Portugal e refugiam-se em Espanha, fixando residência em Barcelona. Segundo o seu "Carnet Confederal" da C.N.T. (em nosso poder) filia-se na central operária anarco-sindicalista daquela cidade espa¬nhola, em 25-5-1931, e nela militou e trabalhou no "Ramo de la madera". Mais tarde regressa a Portugal, e para escapar às perseguições entra para os Bombeiros Voluntários Portuenses, ganhando um cartão de "trânsito livre" a partir de 12-6-1937. Então passou a trabalhar numa pequena oficina em frente do próprio quartel dos Bombeiros, na Rua Fernandes Tomás, onde o fomos encontrar em Setembro de 1978, entusiasmado com o anarquismo, em constantes reuniões com velhos companheiros, como quem está começando tudo de novo".
Restrições de comunicação: Esta documentação é de acesso livre.
Restrições de comunicação: Documentação de uso livre em papel ou digital sem fins comerciais, desde que referida na sua fonte o uso limitado pelas normas internas da Biblioteca Nacional de Portugal, pela legislação aplicável à documentação de arquivo, direitos de autor e proteção de dados pessoais.
Nota de restrições sobre o acesso físico: Este fundo não tem restrições de acesso físico.
Nota técnica sobre o acesso: Este fundo não tem restrições de acesso técnico.
Fonte de aquisição: Margarida Peixoto de Barros
Método de aquisição: Este conjunto documental foi depositado na BNP como parte integrante do AHS.
Nota sobre originais/cópias: Espólio integralmente digitalizado For more information please see http://mosca-servidor.xdi.uevora.pt/projecto/AHS_JPG/C_Militantes/CBF%20Fernando%20de%20Oliveira%20Leite%20Barros/.
Materiais relacionados: Fernando de Oliveira Leite Barros
Citação: Portugal.Biblioteca Nacional/Arquivo Histórico-Social – espólio de Fernando de Oliveira Leite Barros.(BNP.61. cxs. 57)
Revisões a este registo: A cópia digital desta coleção foi organizada e descrita, no âmbito do projeto MOSCA (2010-2013)