Por Paulo Guimarães
Título: Arnaldo Simões Januário, 1926-1931
Datas Predominantes:1926-1931
ID: C/JA/CJA
Entidade produtora: Arnaldo Simões Januário (1897-1938)
Dimensão: 1.0 Pastas
Organização: Esta coleção foi criada quando se constituiu o AHS e foi instalada na caixa 58 ("Outros militantes") que contém 5 cartas de Arnaldo Simões Januário; 1 livro manuscrito de excertos e 2 retratos.
Data de incorporação: 00/00/1930
Arnaldo Simões Januário foi um dos mais activos propagandistas do anarquismo, tendo falecido, no campo de concentração do Tarrafal em 1938. Reuniu-se nesta colecção artificial a correspondência manuscrita deste militante para José Augusto de Castro, entre 1926 e 1931, a maior parte proveniente de Angola ou dos Açores, na sua situação de deportado político pelo governo da Ditadura Militar; e também textos autógrafos transcritos por Arnaldo Simões Januário em francês.
Nasceu em Coimbra a 6 de Junho de 1897 e faleceu a 27 de Março de 1938 no campo de morte do Tarrafal. Barbeiro de profissão, foi o organizador em Coimbra dos Sindicatos operários e um dos mais activos propagandistas do anarquismo. Foi correspondente de A Batalha, órgão da C.G.T., e em 18 de Março de 1923 tomou parte na Conferência de Alenquer, como delegado do Grupo Anarquista de Coimbra, juntamente com João Vieira Alves. Colaborou com assiduidade nos jornais A Batalha, A Comuna, O Anarquismo, na revista Aurora e em muitos outros. Fez parte do Comité da União Anarquista Portuguesa, e em 1927, foi preso pela primeira vez. Desde então foi brutalmente perseguido por suas ideias e "conheceu" as seguintes prisões continentais e ultramarinas: Cadeia do Governo Civil de Coimbra, Aljube, Trafaria, e foi deportado para Angola, Açores, Cabo Verde e Timor. Esteve no Campo de Concentração de Okussi em 1931, regressando deste último em 1932. Pouco depois passou a viver na clandestinidade e ajudou a preparar a greve geral insurrecional do 18 de Janeiro de 1934. Assumiu sôzinho a responsabilidade por este movimento, na intenção de poupar os seus companheiros ainda em liberdade, embora muitos outros fossem torturados também e condenados por isso. Condenado a 20 anos de prisão e degredo, acabou morrendo por carência de resistência física e de assistência médica no Campo do Tarrafal, em Cabo Verde.
Restrições de comunicação: Esta documentação é de acesso livre.
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Nota de restrições sobre o acesso físico: Este fundo não tem restrições de acesso físico.
Nota técnica sobre o acesso: Este fundo não tem restrições de acesso técnico.
Fonte de aquisição: Francisco Quintal
Método de aquisição: Este conjunto documental foi depositado na BNP como parte integrante do AHS.
Informação sobre avaliação: No inventário AHS (1982), a coleção “Outros militantes” compreende 1 caixa(s)
Nota sobre originais/cópias: Espólio integralmente digitalizado
Citação: Portugal.Biblioteca Nacional/Arquivo Histórico-Social – espólio de ArnaldoSimões januário.(BNP.61. cxs. 53)
Revisões a este registo:
Neste arquivo digital, o núcleo “Outros militantes” foi reorganizado de acordo com a sua proveniência. Manteve-se, porém, o arranjo anterior da documentação na sua forma física.
A cópia digital desta coleção foi organizada e descrita, no âmbito do projeto MOSCA (2010-2013)
