Abreu, Jorge (1878-1932) | Arquivo Histórico-Social / Projecto MOSCA
Com o nome completo de Francisco Jorge de Abreu, nasce no Funchal, em 1878.
Estudou na Escola Médico-Cirúrgica daquela cidade até ao 3º ano, tendo depois abandonando. Veio para Lisboa, onde se iniciou na vida jornalística.
Trabalhou nos jornais Tarde, dirigido por Urbano de Castro; Novidades, de Emídio Navarro; O Século, de Silva Graça; e A Capital, de Manuel Guimarães.
Foi chefe de redacção de O Século e depois de A Victória, mais tarde do Primeiro de Janeiro em dois momentos. Primeiro entre 1919 e 1923 e depois entre 1927 e 1932.
Entre os seus trabalhos jornalísticos destacam-se as reportagens sobre as incursões monárquicas no Norte de Portugal, nos primeiros anos da República e anotações e comentários à vida quotidiana na I Guerra Mundial, entre 1914 e 1918.
Traduziu também algumas peças de teatro, entre elas o Grande Mágico, representado no antigo teatro D. Amélia, pela companhia Rosas e Brazão, Fernando vai Casar, O Pai do Regimento, O Alfaiate de Senhoras, Clotilde está de esperanças, O Afilhado da Madrinha, e Ouro sobre Azul.
Jorge de Abreu sempre foi um republicano e a sua vida jornalística serviu para reafirmar as suas convicções democráticas.
Era membro da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto.
Utilizou o pseudónimo de Mateus Sincero.
No seu funeral discursaram, enaltecendo as qualidades de Jorge de Abreu, o Dr. Marques Guedes, Lopes Vieira e Dr. Carlos Ramalhão.
Faleceu no Porto, pelas 14.30 h, de dia 8 de Junho de 1932, contando 53 anos. Era casado com Maria do Carmo Abreu.