Nasceu no Porto, em 1878 e morreu em 1943, cego e na mais extrema miséria, fiel às ideias que abraçou quando jovem. Amilcar F. Dias começou a frequentar os meios libertários praticamente uma criança. Pertenceu à escola dos rebeldes e à organização das classes contestatárias. Em seguida aceitou as decisões do Congresso de Saint-Imier, que aprovou o ingresso dos anarquistas nas associações de classe para acabar com o reformismo e entrou na actividade sindical, representando a sua classe no Congresso de Tomar. Batalhou muito pela sua classe, defendendo o emprego da violência, quando necessária. Com o advento da ditadura em 28 de Maio de 1926, foi surpreendido em reunião na sua própria casa juntamente com outros cómpanheiros. Travou luta com a polícia ferindo um agente da P.I.D.E.. Dominado, é preso e vai deportado para a Guiné, onde passou longos anos. De regresso volta à luta e é novamente preso, responde em processo no Tribunal Militar, que o condena a pesada multa, que recusa pagar, acabando indultado tempos depois.

Delegado ao Congresso dos Man. Calçado do Porto e ao Congresso Operário de 1922. Idem ao Congresso do Calçado de 1924. Membro do Grupo "Os Solidários" (Porto, cerca de 1927) da UAP.