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António Bernardo de Sá (-1944) | Arquivo Histórico-Social / Projecto MOSCA

Nome: António Bernardo de Sá (-1944)


Nota Biográfica: Escrever sobre a actividade de António Bernardo de Sá, o propagandista proletariano falecido no dia 22 de Dezembro de 1944, no que respeita à sua actividade no movimento operário e social português, é algo difícil. Ao chegarmos, em 1900, como recruta voluntário, às fileiras do movimento social, já Bernardo de Sá tinha uma boa folha de serviços em prol da causa operária, de que infelizmente não possuímos dados; e, desde então, mais ou menos o acompanhámos e vimo-lo colaborando activamente na vasta acção desenvolvida por um bom núcleo de intelectuais e operários, que ficou representada por uma larga série de trabalhos, como a Biblioteca de Educação Nova, que além da edição do Germinal, o empolgante romance de Zola, lançou as primeiras edições do Trabalho, do mesmo autor, e do Determinismo e Responsabilidade, de A. Hamon; no quinzenário Humanidade (1905), na Cooperativa de teatro "Teatro Livre" que, então, na tentativa de arejar o palco português, realizou no teatro Gimnásio uma bela série de espectáculos, com peças de relevo social e artístico, tendo para essa série Bernardo de Sá e Bel-Adam traduzido a peça em um acto As Vítimas, de Fréderic Boutet, na qual a filantropia encartada pretendeu ver intenções que não existiam, pelo que foi proibido continuar a representar-se, sendo em seguida publicada numa elegante brochura pelo Grupo Novos Horizontes; vimo-lo como um dos grandes animadores do Grémio de Educação Racional, projecção da Escola Moderna, de Ferrer (1909-1910); encontramo-lo nos trabalhos do 1.° Congresso Sindicalista e Cooperativo de 1909, na revista Lúmen (1911-1913), no quinzenário e depois mensário Germinal (1915-1917), seguimo-lo desde o princípio em O Sindicalista, de que foi activo e brilhante colaborador, em O Arsenalista, em Internacional, em muitos de outros órgãos corporativos que se publicaram durante este largo período de lutas, escrevendo por vezes sob o pseudónimo de Sá Viana, e por último, à data do seu falecimento, era o Presidente do Conselho Fiscal da Caixa Económica Operária, relíquia da organização proletária, que ele desejava ver liberta de dificuldades e tornar-se um futuro bastião dos trabalhadores. (Extracto de trabalho publicado na Voz do Operário)
Fontes: E. Rodrigues (1982). A oposição Libertária em Portugal. 1939-1974. Lisboa. Sementeira.
Nota do Autor: E. Rodrigues (1982)




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