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Francisco de Castro | Arquivo Histórico-Social / Projecto MOSCA

Nome: Francisco de Castro


Nota Biográfica: Iniciado nas letras na imprensa social, Ferreira de Castro marcou logo uma posição inconfundível, decalcada na fome e na miséria em que viveu, transmitindo aos seus milhões de leitores essa verdade social. Andou nas selvas amazónicas (Brasil) juntamente com trabalhadores vendidos aos seringalistas como escravos. Passou fome ao lado dessa gente espezinhada, que nunca conseguia pagar ao dono do "barracão" as dívidas de farinha, sal e cachaça, que comprava fiado no "armazém" dos seus patrões. Passou fome, muita fome! Mas não enveredou, o escritor, pelo campo social, por ter passado fome! Milhões de pessoas há que sofreram esse flagelo e a maioria dos que con¬seguem ultrapassar essa deprimente situação procura sepultar o passado, fazer tudo para encobrir as suas orígens, tão logo põem os pés em terra firme. Ferreira de Castro tinha alguma coisa a mais do que a vontade simplesmente de vencer. Era um idealista por natureza e convicções. . De regresso a Lisboa, após amarga experiência de 8 anos vividos nas selvas amazónicas e em Belém do Pará, vai trabalhar ao lado do anarquista Campos Lima no jornal Imprensa Livre, e colabora no suplemento literário de A Batalha, Renovação. Para citar apenas uma de suas obras, A Lã e a Neve é o exemplo das ideias libertárias do maior romancista social português. Ferreira de Castro não acreditava em nenhum tipo de governo conhecido na face da terra e sempre exaltou com carinho o proletariado. A sua posição era tão conhecida que quando pretendeu visitar a Rússia bolchevista para escrever o seu livro Volta ao Mundo, não conseguiu permissão para entrar naquele país, apesar da influência e da intervenção do prof. Bento de Jesus Caraça, um fiel servidor português daquela ditadura. Estaline não queria que o escritor falasse dos seus campos de concentração, da sua Tcheka (a PIDE soviética) e de que Tropnov e os Romanovs houvessem sido substituídos por Yogada, Béria, Molotov e Estaline. É que Ferreira de Castro sempre foi contra os tiranos e a favor dos humildes.
Fontes: E. Rodrigues (1982). A oposição Libertária em Portugal. 1939-1974.Lisboa.Sementeira.
Nota do Autor: E. Rodrigues (1982).




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