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Costa, José Marques da (1898(?)-1964) | Arquivo Histórico-Social / Projecto MOSCA

Nome: Costa, José Marques da (1898(?)-1964)
Nome Completo: José Marques da Costa


Nota Biográfica: Nasceu em Perafita, Concelho de Matosinhos em 1898 (?) e morreu em Lisboa, em Julho de 1964, aos 66 anos de idade. Marques da Costa deixou bem cedo a sua terra de nascimento e viajou para Manáus, onde chegou em 1917. Depois deslocou-se para Belém, Pará, e por fim, fixou-se no Rio de Janeiro, Brasil. No Pará, em 1919, funda e dirige A Revolta e O Trabalhador, órgãos de propaganda da Federação Operária daquele estado brasileiro, e no ano de 1920 (ainda no Pará) dirige O Semeador, jornal sindicalista revolucionário. Em fins de 1920 viaja para o Rio de Janeiro, milita com Florentino de Car-valho, José Oiticica, Fábio Luz, João Gonçalves, Domingos Brás, Domingos Passos, Diamantino Augusto e tantos outros, e ingressa no diário anarquista Voz do Povo. Foi carpinteiro, padeiro e jornalista profissional, tendo no diário A Pátria, duas colunas onde publicava diariamente os feitos dos trabalhadores e dos anarquistas, artigos de fundo libertário com ajuda de uma equipa de companheiros de ideias. Colaborou ainda nos diários A Vanguarda, A Razão e A Notícia, como anarquista, com destaque e no semanário anarquista Spartacus, dirigido por José Oiticica. Fundou e dirigiu com brilho, o semanário O Trabalhador e a revista mensal Renovação. Mas no dia 1.° de Maio de 1924 a polícia resolve proibí-lo de falar no Comício da Praça Mauá e quando todos esperavam que aceitasse, de um salto pula para u m palanque construído para esse fim, com enorme cabeleira em desalinho e declara: "Camaradas! Apesar da polícia ter vindo aqui para me proibir de falar, eu vou falar". A multidão vibrou e deu-lhe protecção, mas naquele mesmo dia foi preso e em fins de Agosto de 1924 chegava a Lisboa, expulso. Em Lisboa é preso, e tempos depois libertado, regressando ao Porto. E na véspera da chegada de sua companheira, no dia 26-2-1926, é preso como "Legionário Vermelho" e enviado para a Guiné. Foge para Dakar em Janeiro de 1928 e de Dakar para a França e no ano de 1932 entra em Espanha onde milita juntamente com outros exilados portugueses. No ano de 1933 participa na revolução de Dezembro e tem de fugir novamente para França com Germinal de Sousa. Inconformado regressa à Espanha clandestinamente e em 1934, envolvido na -agitação daquele país, é preso com José Agostinho das Neves e mais dois anarquistas, passando 21 dias no Cárcere Modelo de Madrid. Dali é transferido para Barcelona e no dia 1 de Dezembro é expulso e vai para a França, de novo, che¬gando a Toulouse a 15 de Janeiro de 1935. Pouco depois vai para Bordéus, Casablanca, Rabat e atinge o Protectorado francês de Marrocos. Tempos depois alcança Madrid e regressa a Lisboa, onde chega em Junho de 1935. Desde então, que eu saiba, sempre militou em Portugal, onde foi detido algumas vezes. 4ctivo, irrequieto, sempre disposto a começar tudo de novo, um lutador inteligente, cultíssimo, carregava, em conflito com o seu anarquismo, um temperamento autoritário, incompatibilizando-o por vezes com os seus companheiros de luta e de ideias.
Fontes: E. Rodrigues (1982). A oposição Libertária em Portugal. 1939-1974. Lisboa. Sementeira.
Nota do Autor: E. Rodrigues (1982)




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