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Brasil, Jaime (1896-1966) | Arquivo Histórico-Social / Projecto MOSCA

Nome: Brasil, Jaime (1896-1966)
Nome Completo: Artur Jaime Brasil Luquet Neto


Nota Biográfica:

Jaime Brasil nasceu nos Açores, veio estudar para Coimbra em 1909 com Adriano Botelho e outros, seguindo depois para a Escola de Guerra e entrando na carreira de oficial do Exército. Afastando-se dela com a patente de tenente, enveredou cedo pela profissão de jornalista, que desempenhou por toda a vida, vindo a ser chefe da delegação em Lisboa do diário “O Primeiro de Janeiro”, sucedendo a Pinto Quartim, nos anos 50. Em 1932-33 publicou vários livros sobre a questão sexual, liberdade afetiva e controlo dos nascimentos, que lhe valeram polémicas com os católicos e o exílio em França e Espanha. Durante a guerra civil neste país, advogou uma frente única antifascista. Foi preso em 1940, no seu regresso a Portugal. No final desta década foi à Palestina e publicou o livro “Shalom, Shalom”. Nos últimos tempos da sua vida conviveu com a jornalista Antónia de Sousa.

J Freire - 2012

 

Artur Jaime Brasil Luquet Neto (N. Angra do Heroísmo, 1896 – m. Lisboa, 1966) foi escritor e jornalista. Cursou o liceu e, durante a Grande Guerra, a escola de oficiais milicianos, entrando para o Exército como alferes.

Jornalista brilhante, crítico literário e de arte, foi redactor do Primeiro de Janeiro, do Século, do Século da Noite, da República, do Diabo, dirigiu o jornal O Globo, de efémera duração, e muitos foram os jornais e revistas em que colaborou, sendo à data da sua morte chefe da delegação em Lisboa de O Primeiro de Janeiro, cuja excelente página «Das Artes, das Letras» organizou, desde início, durante muitos anos, e na qual colaboraram José Régio, Casais Monteiro, Gaspar Simões, Jorge de Sena, bem como inúmeros dos melhores autores das décadas de 40 e 50; as recensões críticas eram, nessa página  que passou a ser dirigida pelo poeta Alberto de Serpa , assinadas com a letra A. (correspondente a Artur, de seu primeiro nome).

Grande amigo do seu patrício Vitorino Nemésio, ajudou-o quando este, em 1921, vindo dos Açores, se estreou no jornalismo profissional.

Jaime Brasil, para além de jornalista culto e probo, distinguiu-se como polemista, não poupando o adversário nas pugnas que travou (com o diário católico Novidades, a propósito do livro A Questão Sexual; com Agustina Bessa-Luís, acerca de Os Super-Homens, em 1950; e com um camilianista a quem chama «camelianista», em 1958).

Em 1925 fundou o Sindicato dos Profissionais de Imprensa de Lisboa, do qual foi o primeiro secretário-geral. Em Paris, onde residia desde 1937 e para onde voltou, algum tempo, no final dos anos 40, fundou em 1939 a Union des Journalistes Amis de la République Française.

Obras principais:

O Problema Sexual, 1931; A Questão Sexual, 1932; Os Padres e a Questão Sexual, 1932; Os Órgãos Sexuais, 1933; A União dos Sexos, 1933; O Japão Actual, 1936; Diderot e a Sua Época, 1941; Vida e Obras de Zola (assinado A. Luquet), 1943; Rodin, 1944; Os Novos Escritores e o Movimento Chamado «Neo-Realismo», 1945; Vítor Hugo, 1940; Chalom…Chalom!... Uma Reportagem na Palestina, 1948; O Caso de «A Infanta Capelista» de Camilo Castelo Branco ou Como se Arrancam as Penas a Um Empavonado «Camelianista», 1958; Leonardo Da Vinci e o Seu Tempo, 1959; Velásquez, 1961; Ferreira de Castro. A obra e o Homem, 1961; Zola – O Escritor e a Sua Época, 1966

Fontes: João Freire
Nota do Autor: João freire






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