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Bretes, Faustino (1902-1986) | Arquivo Histórico-Social / Projecto MOSCA

Nome: Bretes, Faustino (1902-1986)
Nome Completo: Faustino Bretes


Nota Biográfica: Nasceu em 11 de Novembro de 1902 em Torres Novas. Primeiro filho de uma prole de 7, frequentou a escola até aos 13 anos, idade em que foi obrigado a abandoná-la para ajudar no sustento da família. Mas a sua vontade de aprender era muito grande. Lê Platão, Thomas More, Luisa Michel, Pedro Kropotkine, Malatesta, Joan Grave, Sebastião Faure, Neno Vasco e outros escritores libertários, conseguindo assim formar a sua cultura sociológica. E se a sua vontade de aprender era grande, a de dizer o que sabia não era menor. Por isso, com 17 anos, o jovem carpinteiro já era correspondente em Torres Novas de A Batalha, diário dos trabalhadores portugueses. Desde então manteve contacto com Manuel Joaquim de Sousa, Alexandre Vieira, Santos Arranha, Alberto Dias, Mário Castelhano, Silva Campos e outros lutadores das lides sociais. Em 1920, juntamente com outros companheiros, imbuídos das mesmas ideias, funda a Associação de Classe União dos Trabalhadores de Torres Novas que, por sua iniciativa, se filia na Federação Operária. Mas como isso ainda parecia pouco ao jovem Faustino Bretes, passou a colaborar com artigos em A Comuna, do Porto, na Aurora, de Cercal do Alentejo, em Tiempos Nuevos, editado em França, no O Rebate e na Liberdade, de Lisboa. Em 1925 já se distinguia como um anarquista autodidacta dos mais cultos. E, apoiado nos seus conhecimentos, fundou O Rebate, a princípio mensário e  depois quinzenário, de feição libertária, impedido de circular em 1927. Neste mesmo ano fundou também, os jornais Sindicato Metalúrgico e Construção Civil. Inconformado, lança em 1928 o Alma Torrejana, mas também este não consegue furar o cerco imposto pela nascente ditadura. Colabora ainda no jornal A Renascença, democrático em 1929, acabando por ser preso e conduzido para o Aljube de Lisboa. Em liberdade, passou a colaborar nos semanários O Protesto, de Lisboa, República Social e na revista Pensamento, do Porto, todos de tendência socia-lista Em 1932 foi redactor efectivo do diário O Rebate e escreveu e publicou as seguintes obras: Flexas (1929); A Igreja e a Escravidão (1932); Luz do Meu Caminho (1950, poesias); Amores Silvestres (1963); Sol de Outono (1968) e o livro Centenário do Mutualismo em Torres Novas (1962), todas de fundo e forma liber-tária Foi preso e conheceu a Penitenciária de Lisboa. Julgado no Tribunal Militar E ,pecial da Boa Hora, em 1927, por estar ligado ao 7 de Fevereiro, e no ano seguinte ainda por "conspirar contra o governo", foi preso e conduzido ao forte de Monsanto, onde viveu algum tempo entre piolhos e percevejos, torturadores gratuítos, auxiliares da polícia de Carmona, Galvão e outros mílicos.
Fontes: E. Rodrigues (1982). A oposição Libertária em Portugal. 1939-1974.Lisboa.Sementeira.
Nota do Autor: E. Rodrigues (1982).






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