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Aquino, Maria Antónia | Arquivo Histórico-Social / Projecto MOSCA

Nome: Aquino, Maria Antónia
Nome Completo: Maria Antónia Aquino


Nota Biográfica: Não há muito tempo, numa rápida visita a Portugal, fui ver o Acácio. Ali fui recebido pela sua companheira, Maria Antónia Aquino, duas vezes, e pude ver as marcas do sofrimento e da dor estampadas na sua fisionomia, a guiar os seus movimentos, a conduzir as suas palavras. Em seus reflexos percebia-se ainda o medo que durante muitos e muitos anos foi seu companheiro. Notavam-se as marcas do terror deixadas pela P.I.D.E. nas invasões ao seu lar em busca de algum documento anarquista que pudesse com¬prometer o seu companheiro já preso ou foragido. É que ela fora o suporte da família durante a deportação do Acácio, sofria à distância duplamente: a dor da ausência do marido e pai do seu filho, e do sustentáculo da família. Por muitos anos não teve com quem dividir a responsabilidade na educação e sustento do filho, ela era tudo no seu lar! Maria Antónia Aquino é bem um símbolo das companheiras dos anarquistas que não participam da luta mas que, no lar, sofrem ou vibram com o que possam fazer de bom em prol duma causa justa, os seus companheiros. É assim que pensamos e foi assim que o declarámos na seguinte carta: Rio de Janeiro, 20 de Junho de 1979. Meu prezado amigo Tomás de Aquino: Acabo de receber Voz Anarquista e numa rápida folheada dei com os olhos em uma notícia que me entristeceu: o falecimento de uma companheira, a sua companheira, uma pessoa da nossa familia, da família anarquista! Neste instante senti o nosso movimento desfalcado de um dos seus membros, diminuindo na sua composição e no seu afecto: é que um dos nossos corajosos lutadores perdeu para a morte um grande pilar de segurança e apoio, a sua companheira de tantos anos de convívio, de resistência, coragem e luta! E compartilhando com você esse desgosto, envio-lhe a minha solidariedade emocional e a esperança de que supere mais essa batalha e continue a semen¬teira, que faz tantos anos iniciou, com fé num Mundo Novo de Redenção Humana e de Igualdade Social! Termino com o envio dos meus sentimentos para o amigo e companheiro que prezo, estimo e admiro Acácio Tomás de Aquino, e por extensão para toda a sua família".
Fontes: E. Rodrigues (1982). A oposição Libertária em Portugal. 1939-1974. Lisboa. Sementeira.
Nota do Autor: E. Rodrigues (1982)




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