Log In | Contacte-nos | Seleccionar Documentos (0 itens)
Navegar por: Colecções Conteúdos Digitais Assuntos Produtores Classificação

Correia, Manuel Francisco | Arquivo Histórico-Social / Projecto MOSCA

Nome: Correia, Manuel Francisco
Nome Completo: Manuel Francisco Correia


Nota Biográfica: Manuel Francisco Correia foi um "soldado" anónimo das lides sindicais, sob a orientação da Confederação do Trabalho (C.G.T.). Tão simples quanto pode ser um militante, actuava no Sindicato da Construção Civil de Matosinhos ao lado de Augusto Godinho e outros militantes. Quase ignorado, não falava em comícios, não escrevia nos jornais nem se manifestava nas assembleias, contudo era ele (e tantos outros tão anónimos como ele) que, parecendo alheio às ideias à sua volta, aos conflitos sociais que estas desencadeavam, actuava nas oficinas e nos locais de trabalho, sem alardes, enfrentando as tarefas da acção directa, mais difíceis, sempre nas primeiras linhas de combate. Pouco depois implantava-se a ditadura e Manuel Correia não se intimidou e prosseguiu inflexível fazendo prosélitos, quer pelo exemplo de sua conduta, quer pela imprensa libertária e anarco-sindicalista que distribuía aos jovens, inclusivé aos seus filhos. Mas a famigerada P.I.D.E. não tardou a descobri-lo e a saber que sob a sua guarda estava todo o recheio do Sindicato da Construção Civil de Matosinhos, que não aderira nem aceitara o fascismo e as suas leis corporativas. Foi preso e conduzido à sede da P.I.D.E. na Rua do Heroísmo, 329, no Porto, onde passou longos meses sem ser processado, julgado ou condenado. Por fim, foi libertado e recebeu a segunda punição ideológica: fora demitido de seu emprego dos Portos e Docas de Leixões. Daí por diante a sua vida foi penosa até ao fim, quando um acidente do trabalho acabou por vitimá-lo. Mas o esforço deste homem humilde e honrado lutador anónimo, que se chamou Manuel Francisco Correia, não foi em vão, não se perdeu! Do seu exemplo, da sua persistência, da sua coragem e da sua fé ideológica, nasceu o autor desta obra, é um dos seus filhos, que criança ainda, lia a imprensa anarquista para testar os seus progressos escolares.
Fontes: E. Rodrigues (1982). A oposição Libertária em Portugal. 1939-1974. Lisboa. Sementeira.
Nota do Autor: E. Rodrigues (1982)




Page Generated in: 0.095 seconds (using 104 queries).
Using 8731544B of memory. (Peak of 8868376B.)

Powered by Archon Version 3.12
Copyright ©2010 The University of Illinois at Urbana-Champaign